sábado, outubro 08, 2011

INDIFERENÇA: CONSEQUENCIA DO ESFRIAMENTO DO AMOR


“... O QUE USOU DE MISERICÓRDIA PARA COM ELE...” (Lucas 10.37)
Todos os que estão familiarizados com os evangelhos conhecem bem a história do samaritano, contada pelo Senhor Jesus, quando quis ensinar uma lição ao intérprete da lei que se levantou para pô-lo à prova.
Parece que as pessoas em Israel, no tempo de Jesus na terra, estavam preocupadas com a questão vida eterna, pois este tal intérprete da lei fez ao Senhor Jesus a mesma pergunta que lhe fez o jovem rico; para cada um, entretanto, Jesus teve uma resposta diferente e uma lição a ensinar. A um ficou claro que o amor às riquezas o impediam de herdar a vida eterna, enquanto que para o outro o exercício do amor e da misericórdia foi mostrado como essencial para herda-la.
No texto em que meditamos enquanto escrevemos o destaque do Amigo para me ensinar uma grande lição foi o comportamento dos protagonistas envolvidos na história: um homem que descia de Jerusalém para Jericó; dois líderes religiosos e um samaritano.
A fatalidade apanhou o homem que, segundo Jesus, além de ter sido roubado ainda ficou gravemente ferido à beira do caminho.
Dois líderes religiosos com cargos importantes em Israel, por acaso, faziam a mesma descida, igual ao homem que fora atacado por salteadores. Em determinado trecho da estrada o sacerdote olha e vê o homem moribundo, contudo, a sua atitude foi de indiferença ao que havia acontecido e como disse Jesus:
“... VENDO-O, PASSOU DE LARGO.” (Lucas 10.31).
De igual modo um levita, que prestava um serviço especial e específico no culto a Jeová, à semelhança do sacerdote, mostrou o mesmo comportamento indiferente ao sofrimento e a miséria do homem ferido, e como disse Jesus:
“... VENDO-O, TAMBÉM PASSOU DE LARGO.” ( Lucas 10.32).
A prática de uma religião, mesmo a evangélica (tô fora), não significa dizer que os praticantes são pessoas que evidenciam o verdadeiro amor, absolutamente! Está mais do que provado no ensino de Cristo que a religiosidade provoca até indiferença no coração dos homens e não a manifestação do amor tão indispensável na vida daqueles que amam a Deus.
Como sinal dos últimos dias Jesus colocou o esfriamento do amor:
“E, POR SE MULTIPLICAR A INIQUIDADE, O AMOR SE ESFRIARÁ DE QUASE TODOS.” (Mateus 24.12).
O Amigo Espírito Santo tem me confrontado nestes dias acerca da indiferença tão presente no meio do povo que se chama pelo Nome do Senhor, misericórdia!
Somos indiferentes àqueles que sentam ao nosso lado no culto ao Senhor na igreja local; se não for uma pessoa da nossa amizade o ignoramos simplesmente. Não lhe cumprimentamos, na maioria das vezes, não perguntamos o seu nome, não somos sensíveis a qualquer manifestação de angústia estampada em seu rosto, enfim, não existe empatia, mas uma indiferença total. Será que aquela pessoa não é membro do mesmo CORPO que nós? O Sangue que a comprou para Deus não foi o mesmo que nos comprou? Não temos o mesmo Espírito habitando em nós? Não participamos do mesmo pão e não bebemos do mesmo cálice, o cálice do Senhor? E por que somos tão indiferentes ao nosso irmão? Por que não somos sensíveis as necessidades e a sua dor?
Amados, a indiferença está tão grande no meio dos evangélicos que muita das vezes, pessoas que cantam no mesmo órgão de louvor, do mesmo ministério, que fazem parte do mesmo grupo do círculo de oração sequer notam a ausência do seu irmão; a sua falta aos trabalhos passa despercebidamente, afinal, somos tantos que não percebemos.
Somos indiferentes para com os irmãos que estão sofrendo tentações; para com os que se encontram feridos; para com os abatidos; com os frustrados em seus sonhos; para com os decepcionados com os homens de modo geral; não sentimos a dor dos desprezados, dos humilhados por conta do sua falta de capacidade ou de boa condição econômico-financeira, enfim, a indiferença tem se evidenciado neste mundo. Isso mostra claramente o quanto o amor tem esfriado nos corações.
Se agirmos com indiferença em relação aos da nossa família em Cristo, quanto mais para com os que estão fora, os perdidos, os pacientes terminais condenados à morte eterna! Misericórdia Senhor! Perdoa-nos pela nossa hipocrisia.
Somos indiferentes quando assistimos a reportagens onde o sofrimento humano é apresentado de modo gritante, mas afinal, não é conosco nem com os nossos, não é mesmo, então por que nos sensibilizarmos e pelo menos interceder por aqueles que estão passando aquela situação? Quanto até chegam a dizer: eu tenho que cuidar é de mim, me preocupar comigo, quem quiser que cuide da sua vida, e chore suas mágoas. Mas uma condição colocada pelo Senhor Jesus para que sejamos seus discípulos (não evangélicos) é:
“NISTO CONHECERÃO TODOS QUE SOIS MEUS DISCÍPULOS: SE TIVERDES AMOR UNS AOS OUTROS.” (João 13.35).
Será que é por isso que temos tantos evangélicos e tão poucos discípulos? Jesus, por favor, me ajuda a ser discípula de verdade!
Em vez da manifestação do amor vemos a indiferença. Indiferença para com os que estão enfermos necessitando de uma visita: não temos tempo; temos mais o que fazer; temos compromisso e até reuniões importantes na igreja local. Por onde andam o amor e a misericórdia, meus queridos? Indiferentes em ajudar os que estão carregando cargas pesadas de dificuldades e aflições, desobedecendo à Palavra que nos diz:
“LEVAI AS CARGAS UNS DOS OUTROS E, ASSIM, CUMPRIREIS A LEI DE CRISTO.” (Gálatas 6.2).
A lei de Cristo é o amor evidenciado em nosso dia-a-dia! Cadê os discípulos?
De que adianta cumprir todos os rituais e liturgias, dogmas e regras da religião e ser indiferente ao sofrimento alheio? De que adianta assumir cargos e cargos de liderança a ponto de não ter tempo sequer para observar quem está do lado carecendo de um abraço? De que vale a pena assistir a todos os cultos, estudos bíblicos, jejuar e orar, ser ativo na igreja local (às vezes por motivações egoístas – vírus), e não ser sensível às necessidades até mesmo do seu aluno da classe de EBD? Lembremo-nos de que a Palavra diz:
“... SE NÃO TIVER AMOR, NADA SEREI.” (1 Coríntios 13.2). E ainda:
“... O MAIOR DESTES É O AMOR” (1 Coríntios 13.13).
E a pergunta do Amigo para nós é: Em que grupo queremos estar, no dos religiosos indiferentes ou do samaritanos (discriminado quanto à religiosidade), amoroso e sensível ao sofrimento do seu próximo? Que Deus nos ajude com a Sua graça.
MARANATA!

Um comentário:

ALEXANDRE disse...

AMIGA QUE PROFUNDO!!! O AMOR É A BASE OU DEVERIA SER, DO CRISTIANISMO, POIS FOI ESSE AMOR DEMOSTRADO POR DEUS A NÓS ,DESDE ANTES DA UNDAÇÃO DO MUNDO,QUE LINDO.QUERO SER CRISTÃO(DISCÍPULO)E NÃO EVANGÉLICO,QUERO SER SINCERO ,NÃO FINGIDO,QUERO TER COMPAIXÃO, NÃO INDIFERENÇA,QUERO COMPARTILHAR, NÃO SÓ RECEBER,QUERO TER AMOR E NÃO ÓDIO,QUERO APRENDER A CADA DIA EM CRISTO E ESTAR PREPARADO PRA SUA VINDA.QUE ASSIM SEJA!