“ATÉ QUE ENTREI NO SANTUÁRIO
DE DEUS...” ( Salmo 73.17)
O salmista Asafe viveu um
momento de conflito espiritual, de questionamento, de crise por causa da
prosperidade do ímpio. Quem de nós não tem vivido problemas semelhantes não
somente em relação a outros, mas, também, no que diz respeito a certas
dificuldades por nós enfrentadas, mesmo servindo ao Senhor com um coração
sincero?
O caminho tomado pelo
salmista deve ser o mesmo que cada um de nós deve tomar quando em momentos de
crise espiritual: entrar no santuário de Deus!
A situação conflitante, os
questionamentos só duraram até que ele entrou no santuário de Deus.
Precisamos estar alertas
quanto ao nosso adversário, pois é do interesse dele nos deixar perturbados, a
fazer perguntas para as quais não temos respostas, e ainda há alguns que chegam
a perguntar: Eu mereço isso?
É um grande perigo
espiritual entrarmos pelo caminho justiça própria e jogarmos na cara de Deus
todo o nosso trabalho no Reino, nossa “fidelidade”, nosso tempo de crente, etc.
Ao invés de agirmos desse
modo, o melhor mesmo é entrar no santuário de Deus.
Algumas condições para que
possamos entrar no santuário de Deus, é bom serem observadas, embora temos a
garantia de que Jesus já rasgou o véu que nos separava impedindo-nos de acessar
o lugar Santo. As lições da antiga aliança devem estar em nossa mente na
dispensação da graça, porque “O QUE DANTES FOI ESCRITO PARA O NOSSO ENSINO FOI
ESCRITO.”
Na antiga aliança somente os
sacerdotes entravam no santuário de Deus, os da tribo de Levi, descendentes de
Arão; não era para qualquer um dentre o povo de Israel. Para isso o sacerdote
devia estar preparado de acordo com as exigências feitas por Deus, como por
exemplo:
As vestes – convido o leitor
para abrir sua bíblia no livro do Êxodo, capítulo 28 e depois o capítulo 39 e
observar como devia se apresentar aquele que entrasse no santuário.
Entrar no santuário vestido inconvenientemente
para oferecer qualquer oferta não seria aceito por Deus, correndo o risco de
ser fulminado. Não concebo como pessoas podem subir ao altar para oferecer sacrificio de louvor a Deus trajando de modo indecente, com as carnes à mostra, se Deus exigia que o sacerdote estivesse coberto. É complicado; não é por estarmos na graça que devemos banalizar esse dom maravilhoso de Deus e abusarmos dela.
Nadabe e Abiu filhos de
Arão, sacerdotes tiveram morte instantânea por terem entrado no santuário com
fogo estranho ( Levítico 10).
Lembremo-nos de que como
Igreja nós somos sacerdócio real e Jesus nos fez para Deus reis e sacerdotes (
1 Pedro 2.9; Apocallípse 1.6). Por isso é necessário repensar a maneira como
entramos diante da presença de Deus para oferecer o culto de adoração e louvor.
Também o sacerdote ao entrar
no santuário devia apresentar o incenso queimado, do qual saia a fumaça que
devia cobri-lo; antes de qualquer sacrifício ou oferta era prioridade absoluta oferecer
o incenso sagrado.
Segundo as escrituras o
incenso nos nossos dias são as nossas orações ( Apocalipse 5.8; 8.4).
Entrar no santuário sem
incenso não é aconselhável meus amados. Precisamos de uma vida de oração antes
de cultuar a Deus. Nossas orações precisam ser enviadas antecipadamente antes
de oferecermos nossas ofertas a Deus, quando entramos no Seu santuário.
Fico pensando nos dias em
que vivemos onde o hábito de orar deixou de ser praticado pelos crentes; todo
mundo quer oração, mas são poucos os que querem perseverar na oração (
Colossenses 4.2). E a verdade é que falta subir o incenso para que nossos
sacrifícios sejam aceitos por Deus!
Infelizmente, na grande
maioria das igrejas locais já não existe aquele período de oração antes do
culto. Lembro de um pastor que dizia o seguinte: se os crentes não dobram os
joelhos na casa de oração quanto mais em suas casas! E falta incenso nas taças de
ouro!
Nosso corpo é santuário ( 1
Coríntios 6.19), por isso carecemos de manter uma vida de oração e não apenas
momentos de oração; a Igreja é santuário e precisamos estar nEla com oração (1
Coríntios 3.16.17), pois do mesmo modo que Jesus se referiu ao seu corpo como
santuário (João 2.21), a Igreja é o Seu corpo místico.
Entremos no santuário de
Deus meus queridos irmãos, porque no santuário Deus está presente; Ele mandou
construir o tabernáculo para que Sua presença se manifestasse ali. Todo
santuário tem a presença de Deus ( a Igreja, nosso corpo), aleluia!
No santuário de Deus
acabam-se os questionamentos, os conflitos, as crises de identidade, as
revoltas; no lugar onde Deus está Sua glória é real; no santuário há descanso;
no santuário a confiança é renovada como também a esperança; a fé é aumentada e
podemos estar alegres apesar de toda e qualquer circunstância.O salmista após entrar no santuário de Deus pode se expressar da seguinte maneira:
“AINDA QUE A MINHA CARNE E O MEU CORAÇÃO DESFALEÇAM, DEUS É A FORTALEZA DO MEU CORAÇÃO E A MINHA HERANÇA PARA SEMPRE.” (Salmo 73.26).
E no final de sua experiência no santuário ele pode dizer:
“QUANTO A MIM, BOM É ESTAR JUNTO A DEUS...” ( Salmo 73.28).
Por que não seguirmos o exemplo de Asafe neste dia e com toda certeza faremos nossas as suas palavras, porque verdadeiramente bom é estar junto a Deus!
MARANATA!
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