“ ... TIAGO, CEFAS E JOÃO
QUE ERAM REPUTADOS COLUNAS, ME ESTENDERAM, A MIM E A BARNABÉ, A DESTRA DE
COMUNHÃO...” (Gálatas 2.9).
Deus mandou Moisés fazer
colunas no tabernáculo. A Igreja é um tabernáculo e de igual modo precisa de
colunas, mas como em todo edifício (a Igreja é também um edifício), a
quantidade de colunas não é assim tão grande, em comparação com o restante da
construção. Elas são sempre em número bem inferior, contudo, sem elas toda a
construção poderá vir abaixo certamente.
O que fez daqueles três
homens pescadores colunas na Igreja primitiva? Dentre todos os discípulos de
Jesus, como também dentre a multidão de novos convertidos em Jerusalém, a
Bíblia não refere a outras pessoas senão a estes três.
Se pararmos um pouco para
observar a narrativa dos evangelhos veremos que eles foram os primeiros chamados
por Jesus, quando passava na praia do mar da Galileia. Eram pescadores e
estavam trabalhando quando, deixaram tudo e seguiram a Jesus. Daí em diante,
esses três homens simples e indouto foram estreitando a sua amizade com o
Mestre.
Esse relacionamento cresceu
ao ponto de em ocasiões especiais, tais como, na transfiguração de Jesus
(Mateus 17), na ressurreição da filha de Jairo (Marcos 5), somente eles tiveram
tamanho privilégio. Dos três, havia um que privava de maior intimidade com o
seu Mestre, a ponto de reclinar a cabeça no seu seio (João 13.23).
Esse mesmo apóstolo escreveu
com muita propriedade: “...AS NOSSAS MÃOS APALPARAM COM RESPEITO AO VERBO DA VIDA.
” (1 João 1.1.).
O apóstolo Pedro escreveu: “
... ESTA VOZ VINDA DO CÉU, NÓS A OUVIMOS QUANDO ESTÁVAMOS COM ELE NO MONTE
SANTO” . (2 Pedro 1.18).
Imagine a experiência ímpar
que esse homem vivenciou! O momento foi tão extraordinário que ele propôs fazer
três tabernáculos para Jesus, Elias e Moisés e sequer lembrou de si mesmo e dos
seus amigos que ali estavam.
Dá para entender que não é
qualquer um que se diz seguidor de Cristo que pode ser denominado coluna na
Igreja, ou coluna da Igreja de Cristo.
Uma finalidade específica da
coluna é sustentar peso, suportar sobre si a estrutura edificada. As pessoas
que são colunas na casa de Deus estão dispostas a pagar a fatura em ajudar os
irmãos, levando a carga dos outros verdadeiramente através de uma vida de
oração.
É indispensável para aqueles
que são colunas viver em intimidade com Jesus! Ter proximidade com Ele, ou
seja, viver uma vida de comunhão plena com Ele. Isso tem preço e não é tão
fácil. Não são muitos os que estão interessados em passar tempo aos pés de
Jesus em oração, ouvindo a Sua voz. Não são muitos os que querem viver em total
dependência do Seu Santo Espírito em todas as coisas que fazem. Não são muitos
que sentem uma necessidade premente de conhecer as escrituras, de se dedicar ao
estudo da mesma, a fim de conhecer melhor o seu Autor.
Não é para estranhar porque
as reuniões de oração na igreja são pequenas em comparação com os cultos de
avivamento, de libertação, de milagres, enfim. No dia a dia normalmente os
círculos de oração não são tão frequentados como no dia da festa de
aniversário. Vê-se muito grandes corais de mulheres cantando com entusiasmo na
comemoração, porém, não são todas aquelas mulheres que estão semana após semana
ajoelhadas na reunião de oração a interceder pela Igreja e suas necessidades.
Não sabemos o que seria do
ministério da Igreja, das lideranças de modo geral se as colunas não assumissem
o seu lugar na casa de Deus.
O que nos entristece é que a
geração de pessoas que aprenderam a andar de joelhos está se indo; em seu lugar
está se levantando uma geração que não prioriza muito a oração e sim o louvor e
o que chamam de adoração. Mas, e a intimidade com o Noivo? E a prioridade de
estar a sós com Ele? E o desejo que Ele venha para buscar os fiéis?
A intimidade faz com que a
pessoa se pareça com aquela com quem desenvolve intimidade. Será que todos os
evangélicos ou cristão se parecem com Jesus? Será que quando as pessoas do
mundo olham para nós percebem algo que nos identifique com alguém que anda com
Jesus?
Espero que Jesus não demore
e venha logo nos levar antes que já não se encontre mais colunas nas igrejas
locais, antes que aqueles que esquecem de si para se colocar no lugar do outro
sejam tomados da terra.
Já em 1994 quando estivemos
em um país da Europa, conversando com um pastor sobre a oração na igreja que
ele liderava, ele nos respondeu: Acho que na nossa igreja tem algumas duas ou três
irmãs que ainda oram por nós. Louvo a Deus por aquelas colunas!
Portanto, meus amados e
queridos leitores, nos coloquemos na posição para que o Senhor encontre em nós
condições de nos reputar como colunas na Igreja, Seu Corpo.
MARANATA!
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