“CONVIDOU-O
UM DOS FARISEUS PARA QUE FOSSE JANTAR COM ELE...UMA MULHER DA CIDADE,
PECADORA...LEVOU UM VASO DE ALABASTRRO COM UNGUENTO.” (Lucas 7. 36.37).
Sem
querer entrar no mérito de julgamento, ao ouvir um pastor norueguês pregar
sobre esse texto, fiquei a ponderar sobre essas duas pessoas mencionadas nas
sagradas escrituras, que passaram a fazer parte da história de Cristo neste
mundo.
São
exatamente duas pessoas de vidas opostas em todos os sentidos e cada uma delas
teve uma atitude para com Jesus.
O
fariseu chamava-se Simão. A mulher era simplesmente conhecida como pecadora.
Ele fazia parte de um grupo de pessoas de destaque no meio do povo de Israel;
ela além de ser mulher ainda era sem marido, portanto sem nenhum conceito
diante do povo.
O
fariseu Simão ofereceu um jantar a Jesus; não se pode julgar a intenção que ele
teve ao fazê-lo, porém, Jesus era naquela altura, uma pessoa que atraia multidões
a Si; era alguém famoso; alguém que estava revolucionando a comunidade com Seus
milagres, com Sua palavra de autoridade, com seu carisma, com o Seu modo
peculiar de lidar com os pobres, os discriminados, tipo galileus e samaritanos;
alguém que dava atenção às crianças, e parava para atender a necessidade de um
cego que clamava à beira do caminho.
Jesus
não se fez de rogado e lá se foi à casa do fariseu. Ele ia nas casas que se
abriam para que Ele entrasse. Foi assim na casa de Levi que também lhe ofereceu
um grande banquete (Lucas 5.29) mas a postura de Levi (Mateus) fora
completamente diferente de Simão, afinal Levi era um publicano, tal qual Zaqueu
em cuja casa Jesus também entrou (Lucas 19).
Aliás,
Jesus entra em qualquer casa que O convide a entrar e em alguns casos Ele está
mesmo à porta e ainda bate, esperando que alguém escute e lhe abra a porta para
que Ele entre e ainda faça uma refeição com o tal. Lembrando que o tal apelo
foi feito a uma igreja (Laudiceia) e não a pessoas que não O conheciam, pessoas
que se chamavam pelo Seu Nome. (Apocalipse 3.20).
Bem,
agora Jesus estava à mesa do religioso Simão. Algo surpreendente estava para
acontecer. Sem se alguém a convidasse, entra em pleno ambiente formal, uma
mulher! Todos ficam pasmados. Como ela se atreveu a tanto? Como tanta coragem
para entrar em um lugar sem ser convidada? Será que ela não conhece as regras
da tradição em Israel? Afinal, mulher não deve estar no mesmo local onde homens
estejam. Que absurdo seria aquele? Como será que o fariseu ficara? Aquilo
poderia parecer um ultraje, uma agressão aos convidados.
Havia
uma porta aberta com toda certeza e por ela a mulher entrou! Que bom que há
sempre uma porta aberta para que através dela miseráveis pecadores possam
entrar em chegar até Jesus!
E a
mulher entrou e não entrou chamando a atenção para si mesma. Ela entrou e foi
diretamente à pessoa de Jesus; sequer se atreveu a ir pela frente, mas como
está escrito “por detrás”, ela se quebrantou aos pés de Jesus! Ela não dissera
palavra alguma; ela apresentava uma atitude de humilhação: ela chorava e com
suas lágrimas regava os Seus pés e depois os enxugava com os seus cabelos. E
não somente isso, mas também os beijava e os ungia com o unguento que trouxera
em um vaso de alabastro! Ela O adorava!
O
fariseu como todo bom fariseu, religioso, presunçosamente começa a exercer o
seu papel: julgar, criticar, murmurar... Esquece-se da sua atitude ao receber
Jesus, esquece-se de examinar-se a si mesmo e faz as suas avaliações em relação
ao próximo.
Enfim,
o desfecho dessa história foi magnífico! Jesus, o Mestre, aproveitou para
ensinar humildade, boas maneiras, educação, ética, ao tal fariseu hipócrita;
pesado na balança divina o “religioso cumpridor da lei”, era tão pecador quanto
àquela a quem ele chamou pecadora; ele era orgulhoso!
A
mulher, a pecadora, a discriminada, a rejeitada pela sociedade e pelos
religiosos foi aceita e perdoada por Jesus! Ele aceitou a sua oferta, pois ela
lhe oferecera o melhor que tinha; ela se sacrificou para levar para Ele um
pouco do seu amor por Ele e a sua necessidade de ser perdoada. A intenção dela
tocou o coração de Jesus! Entre os dois ela foi a vencedora, conseguiu o que
buscava; o Mestre lhe perdoou e ainda fez menção da sua fé; por fim mandou-a ir
em paz. Que grande vitória!
Amados
leitores como será que temos nos aproximado de Jesus? De que maneira o temos
buscado? Qual é mesmo a nossa intenção de estarmos perto dEle? Será que nos
colocamos como a pecadora ou será que a nossa posição é a do fariseu? Será que
nos jactamos de estarmos junto a Ele e nos consideramos dignos disse por conta
da nossa vida de religiosidade hipócrita, muitas vezes? Como temos nos
comportados quando alguém marginalizado se aproxima de Jesus? Damos-lhe as boas-vindas
ou ficamos a murmurar com incredulidade? Temos feito algum sacrifício para
estar aos pés do Mestre?
Há
muitos evangélicos, cristãos que não querem sacrificar nem um pouco do seu
tempo para passar um tempo com o Senhor Jesus? Como tem sido o seu momento de
oração? Responda para si mesmo. Estamos nos humilhando diante dEle ou somos do
grupo que determina o que Ele deve fazer para o nosso bem-estar e conforto
material?
Estamos
perto de Jesus como Simão, o fariseu, ou como a pecadora? Para pensar neste
dia.
MARANATA!
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