sexta-feira, novembro 29, 2013

FARISEU OU PECADORA? QUAL A MELHOR POSIÇÃO?


 

“CONVIDOU-O UM DOS FARISEUS PARA QUE FOSSE JANTAR COM ELE...UMA MULHER DA CIDADE, PECADORA...LEVOU UM VASO DE ALABASTRRO COM UNGUENTO.” (Lucas 7. 36.37).

Sem querer entrar no mérito de julgamento, ao ouvir um pastor norueguês pregar sobre esse texto, fiquei a ponderar sobre essas duas pessoas mencionadas nas sagradas escrituras, que passaram a fazer parte da história de Cristo neste mundo.

São exatamente duas pessoas de vidas opostas em todos os sentidos e cada uma delas teve uma atitude para com Jesus.

O fariseu chamava-se Simão. A mulher era simplesmente conhecida como pecadora. Ele fazia parte de um grupo de pessoas de destaque no meio do povo de Israel; ela além de ser mulher ainda era sem marido, portanto sem nenhum conceito diante do povo.

O fariseu Simão ofereceu um jantar a Jesus; não se pode julgar a intenção que ele teve ao fazê-lo, porém, Jesus era naquela altura, uma pessoa que atraia multidões a Si; era alguém famoso; alguém que estava revolucionando a comunidade com Seus milagres, com Sua palavra de autoridade, com seu carisma, com o Seu modo peculiar de lidar com os pobres, os discriminados, tipo galileus e samaritanos; alguém que dava atenção às crianças, e parava para atender a necessidade de um cego que clamava à beira do caminho.

Jesus não se fez de rogado e lá se foi à casa do fariseu. Ele ia nas casas que se abriam para que Ele entrasse. Foi assim na casa de Levi que também lhe ofereceu um grande banquete (Lucas 5.29) mas a postura de Levi (Mateus) fora completamente diferente de Simão, afinal Levi era um publicano, tal qual Zaqueu em cuja casa Jesus também entrou (Lucas 19).

Aliás, Jesus entra em qualquer casa que O convide a entrar e em alguns casos Ele está mesmo à porta e ainda bate, esperando que alguém escute e lhe abra a porta para que Ele entre e ainda faça uma refeição com o tal. Lembrando que o tal apelo foi feito a uma igreja (Laudiceia) e não a pessoas que não O conheciam, pessoas que se chamavam pelo Seu Nome. (Apocalipse 3.20).

Bem, agora Jesus estava à mesa do religioso Simão. Algo surpreendente estava para acontecer. Sem se alguém a convidasse, entra em pleno ambiente formal, uma mulher! Todos ficam pasmados. Como ela se atreveu a tanto? Como tanta coragem para entrar em um lugar sem ser convidada? Será que ela não conhece as regras da tradição em Israel? Afinal, mulher não deve estar no mesmo local onde homens estejam. Que absurdo seria aquele? Como será que o fariseu ficara? Aquilo poderia parecer um ultraje, uma agressão aos convidados.

Havia uma porta aberta com toda certeza e por ela a mulher entrou! Que bom que há sempre uma porta aberta para que através dela miseráveis pecadores possam entrar em chegar até Jesus!

E a mulher entrou e não entrou chamando a atenção para si mesma. Ela entrou e foi diretamente à pessoa de Jesus; sequer se atreveu a ir pela frente, mas como está escrito “por detrás”, ela se quebrantou aos pés de Jesus! Ela não dissera palavra alguma; ela apresentava uma atitude de humilhação: ela chorava e com suas lágrimas regava os Seus pés e depois os enxugava com os seus cabelos. E não somente isso, mas também os beijava e os ungia com o unguento que trouxera em um vaso de alabastro! Ela O adorava!

O fariseu como todo bom fariseu, religioso, presunçosamente começa a exercer o seu papel: julgar, criticar, murmurar... Esquece-se da sua atitude ao receber Jesus, esquece-se de examinar-se a si mesmo e faz as suas avaliações em relação ao próximo.

Enfim, o desfecho dessa história foi magnífico! Jesus, o Mestre, aproveitou para ensinar humildade, boas maneiras, educação, ética, ao tal fariseu hipócrita; pesado na balança divina o “religioso cumpridor da lei”, era tão pecador quanto àquela a quem ele chamou pecadora; ele era orgulhoso!

A mulher, a pecadora, a discriminada, a rejeitada pela sociedade e pelos religiosos foi aceita e perdoada por Jesus! Ele aceitou a sua oferta, pois ela lhe oferecera o melhor que tinha; ela se sacrificou para levar para Ele um pouco do seu amor por Ele e a sua necessidade de ser perdoada. A intenção dela tocou o coração de Jesus! Entre os dois ela foi a vencedora, conseguiu o que buscava; o Mestre lhe perdoou e ainda fez menção da sua fé; por fim mandou-a ir em paz. Que grande vitória!

Amados leitores como será que temos nos aproximado de Jesus? De que maneira o temos buscado? Qual é mesmo a nossa intenção de estarmos perto dEle? Será que nos colocamos como a pecadora ou será que a nossa posição é a do fariseu? Será que nos jactamos de estarmos junto a Ele e nos consideramos dignos disse por conta da nossa vida de religiosidade hipócrita, muitas vezes? Como temos nos comportados quando alguém marginalizado se aproxima de Jesus? Damos-lhe as boas-vindas ou ficamos a murmurar com incredulidade? Temos feito algum sacrifício para estar aos pés do Mestre?

Há muitos evangélicos, cristãos que não querem sacrificar nem um pouco do seu tempo para passar um tempo com o Senhor Jesus? Como tem sido o seu momento de oração? Responda para si mesmo. Estamos nos humilhando diante dEle ou somos do grupo que determina o que Ele deve fazer para o nosso bem-estar e conforto material?

Estamos perto de Jesus como Simão, o fariseu, ou como a pecadora? Para pensar neste dia.

MARANATA!

 

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