ONDE ESTÁ A MENSAGEM DA CRUZ NO EVANGELHO DE HOJE? Parte Dois

“... LONGE ESTEJA DE MIM GLORIAR-ME, SENÃO NA CRUZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, PELA QUAL O MUNDO ESTÁ CRUCIFICADO PARA MIM,E EU, PARA O MUNDO.” (Gálatas 6.14).
A mensagem da cruz caiu de moda. Por que pregar essa mensagem? Afinal os tempos mudaram e agora, os crentes querem mais é ouvir falar sobre coisas que lhes tragam fantasias, criando neles a falsa esperança de que a vida abundante que o Senhor Jesus veio nos dá tem a ver com os sonhos realizados da maneira que queremos.
A mensagem da cruz nos leva a priorizar a santidade, enquanto que o outro evangelho enfoca a felicidade terrena quanto ao “ter”.
O apóstolo Paulo fala acerca dos que são inimigos da cruz de Cristo. Assim está escrito:
“O DESTINO DELES É A PERDIÇÃO, O DEUS DELES É O VENTRE, E A GLÓRIA DELES ESTÁ NA SUA INFÂMIA, VISTO QUE SÓ SE PREOCUPAM COM AS COISAS TERRENAS.” (Filipenses 3.19).
Guarde-nos o Senhor de sermos considerados inimigos da cruz de Cristo! Veja bem que os tais já têm o seu destino definido: a perdição; não há como mudar. O deus deles é o ventre, vivem exclusivamente em função da comida, do corpo físico e o mais sério é que essas pessoas só se preocupam com as coisas terrenas.
Muitas vezes tomamos cuidado para não sermos envolvidos com os pecados que são considerados graves e vivemos preocupados com as coisas terrenas.
E por estarem preocupados com as coisas da terra é que os cultos onde se prega a mensagem do Cristo que dá tudo o que queremos, a mensagem que ensina fórmulas mágicas para que consigamos isto ou aquilo; cultos em que as pessoas devem fazer dias e dias de campanha (isto é, não faltar a nenhum dos cultos) para obter o que querem de Deus; cultos onde a mensagem se prende a dar uma oferta grande para conseguir muitas vezes mais o que ofertaram, enfim...
Por onde andam os cidadãos do reino de Deus que sentem prazer em estar na casa de oração para buscar a face do Senhor e não Suas mãos? Onde estão os crentes que se reúnem para interceder uns pelos outros em amor?
Se prestarmos atenção, as reuniões de oração estão quase a se extinguir; o grupo que ali se encontra é tão pequeno que dá desânimo a quem chega. O evangelho da cruz exige sacrifício; o outro evangelho prega que não mais precisa abrir mão de nada, pois Jesus já pagou tudo. Paulo entretanto, prega que cumpre ainda o resto das aflições de Cristo.
Os cultos de vitória, de campanhas para conseguir coisas materiais estão com os templos lotados e o povo explodindo de emoções, com gritos e expressões de entusiasmo. Cadê os que gemem no altar? Os que rasgam o coração diante do trono do Altíssimo com humilhação?
A cruz nos fala de renúncia, morte do “eu”, crucificação da carne com as suas paixões e concupiscências. ´
A mensagem do evangelho da cruz ensina que devemos dar a outra face quando alguém nos fere, a andar a outra milha, a deixar a túnica, a abrir mão da nossa auto-estima, do nosso amor próprio. É a mensagem que me ensina a sofrer calado esperando no Senhor; a suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos ( Romanos 15.1).
A mensagem do evangelho da cruz de Cristo me mostra o quanto sou orgulhoso e preciso descer do pedestal para ser alcançado pela graça do Senhor.
Somente através do evangelho de Cristo na sua essência é que podemos combater o “vírus luciferiano” que existe em nossa natureza carnal – o orgulho. Tenho aprendido o quanto esse vírus é resistente e não há vacina que nos livre dele por muito tempo. Aliás, há necessidade de tomarmos vacina algumas vezes durante o dia, porque se não corremos o risco de que a virose maligna domine a nossa vida.
Qualquer evangelho que não confronte o nosso orgulho é falso! Toda mensagem que massageia o nosso ego é extremamente perigosa e pode fazer com que o vírus luciferiano se alastre chegando a fazer óbito espiritual.
Meus amados e queridos irmãos, rogo-vos pois, em Nome do Senhor Jesus Cristo, o Senhor do Reino da luz que não nos deixemos seduzir pelos falsos evangelhos que estão sendo pregados nestes tempos, mas busquemos mensagens que evidenciem a simplicidade do verdadeiro evangelho.
Pregadores que porventura lerem este artigo, eu vos imploro que não negociem o verdadeiro evangelho de Cristo Jesus, ainda que as portas das igrejas locais se fechem e que não haja ouvintes para as nossas mensagens, sejamos fiéis ao que nos alistou, pois como está escrito:“... REQUER-SE DO DISPENSEIRO QUE CADA UM SE ACHE FIEL.” ( 1 Coríntios 4.2).
Maranata!