“.. ELE RESPONDEU: NÃO SEI;
ACASO SOU EU O TUTOR DO MEU IRMÃO?” (Gênesis 4.9).
Na galeria de homens que
falaram com Deus não é muito comum as pessoas se lembrarem de Caim e a ele se
referirem como alguém com quem Deus se comunicava e vice-versa. Não sei porque,
talvez o querido leitor saiba. Perdoe, portanto, a minha ignorância.
Bem, como todos os leitores
do livro sagrado conhecem muito bem, Caim foi o primeiro filho do casal Adão e
Eva, depois que eles pecaram e foram expulsos do jardim. Saíram envergonhados
creio eu, carregando em suas memórias as lembranças dos dias felizes que ali
passaram enquanto desfrutavam de uma perfeita comunhão com o seu Criador. Tudo
ficara para trás; que lástima!
Adeus belo jardim! Adeus
vozes das aves que cantavam alegremente celebrando um ambiente celestial na
terra! Adeus clima agradável! Adeus ambiente tão favorável para viver que
sequer precisavam se preocupar com roupas para se vestirem! Adeus governo sobre
tudo o que havia no mar(peixes), no céu(aves), sobre os animais domésticos,
sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra! (Gênesis
1.26, 28)! Adeus cardápio balanceado, farto, para que dele se alimentassem sem
muito esforço! (Eles não se alimentavam da erva do campo – Gênesis 3.18). Adeus a um solo sem maldição, sem cardos, sem
espinhos! Adeus a uma vida sem dores, sem cansaço, sem limitações! Adeus a um
relacionamento conjugal perfeito, onde não havia acusações, críticas, culpas! E
de agora para frente não teriam eles a oportunidade de serem visitados por Deus
na viração do dia! Que miséria! Que tristeza! Que horror!
Maldita serpente que se
deixou usar pelo diabo e seduziu a primeira mulher! Aquela mulher que fora
cuidadosamente planejada para completar a obra prima da criação – o homem!
Aquela mulher que fora esmeradamente formada pelas mãos do Arquiteto do
Universo; cada detalhe nela foi cuidadosamente estudado a fim de que o homem se
completasse, visto que Deus observara que “... PARA O HOMEM NÃO SE ACHAVA
ADJUTORA QUE ESTIVESSE COMO DIANTE DELE.” (Gênesis 2.20). (quem sabe Adão
observava os animais machos que se relacionavam em acasalamento com suas fêmeas
diante deles? apenas conjectura amados!).
Ah, serpente! Tu que eras
“... MAIS ASTUTAS QUE TODAS AS ALIMÁRIAS DO CAMPO QUE O SENHOR DEUS TINHA
FEITO.” (Gênesis 3.1). Por que não usaste a capacidade que tinhas para outro
fim? Por que não escolhestes te afastar daquele que tinha sido lançado do céu
por causa do seu orgulho? Na ordem das
maldições proferidas por Aquele que te criou e te deu uma capacidade maior que
teus semelhantes, fostes a primeira a sofrer e pena, e que pena: rastejar sobre
o ventre sempre e sempre e sempre e ainda a comer pó!
Deus não poupou aquele ser
que criara (a serpente), apesar de não ter ele o mesmo conhecimento que Ele
dera ao homem. Abriu a Sua boca de Deus Criador e disse:
“... PORQUANTO FIZESTE ISSO,
MALDITA SERÁS MAIS QUE TODA BESTA E MAIS QUE TODOS OS ANIMAIS DO CAMPO; SOBRE O
TEU VENTRE ANDARÁS E PÓ COMERÁS TODOS OS DIAS DA TUA VIDA.” (Gênesis 3.14).
Imaginemos, por um pouco,
aquela situação. O jardim era, agora, um tribunal de julgamento, o primeiro
tribunal na terra. Deus, o Justo Juiz estava ali para julgar sumariamente as
Suas criaturas! Não havia retorno para aqueles que estavam sendo julgados. A
lei tinha sido quebrada e a pena tinha que ser aplicada: CONDENAÇÃO. MORTE EM DOIS SENTIDOS (separação
de Deus – morte eterna e limitação da vida plena e eterna que lhes havia sido
dada. Chegaria o dia em que o homem se tornaria em pó como do pó fora formado;
a mulher que não fora formada do pó e sim do osso, pagou a fatura junto,
misericórdia de nós Senhor!).
Não quero aqui me estender
com detalhes, mas alertar as minhas colegas mulheres que como Jesus disse “A
QUEM MAIS É DADO, MAIS É REQUERIDO...” (Lucas 12.48), a mulher foi penalizada
sete vezes (confira no texto). Que Deus nos alcance cada dia com a Sua
misericórdia colegas!
Encerrado o julgamento, sem
que houvesse ali nenhum advogado de defesa; sentenças proferida; penas
executadas; ponto final.
Contudo, um raio de
esperança tinha sido lançado na vida dos dois – homem e mulher. Nem tudo estava
definitivamente perdido. O Justo Juiz é bom e não pode negar-se a si mesmo.
Havia um projeto; havia um
plano que fora elaborado bem antes de tudo aquilo acontecer. Uma eleição já
tinha ocorrido antes mesmo do mundo ser fundado (Efésios 1.4). Aleluia!
Naquele casal que
desobedeceu ao Seu Criador já estávamos eu e você querido leitor; nós já
tínhamos sido eleitos, escolhidos em Cristo, glória a Deus! Glória a Deus!
Glória a Deus! O que seria de nós se a história tivesse terminado no tribunal
do Éden? É bom nem pensar. O melhor mesmo é recordar a promessa feita no
julgamento: “... ESTA TE FERIRÁ A CABEÇA, E TU LHE FERIRÁS O CALCANHAR.”
(Gênesis 3.15). ALELUIA!
A vitória da cruz estava
decretada. No julgamento do casal uma promessa foi feita, uma chance estava
sendo prometida e nela estávamos nós eleitos sob a presciência de Deus para que
hoje, nascidos de novo, cidadãos do Reino da luz, membros do Corpo de Cristo,
pudéssemos vencer o diabo, como está escrito: “E ELES O VENCERAM...”
(Apocalipse 12.11).
Bem amados, na verdade,
minha intenção era escrever sobre Caim, mas o Amigo me levou para este lado da
história, Ele sabe o que faz; Ele manda e eu obedeço (muitas vezes desobedeço e
tenho mesmo que ser castigada e até ir para o tronco, sério, e sou feliz por
isso, porque isso me diz duas coisas superimportantes: sou filha e sou amada!).
Querendo o Senhor na próxima
retornaremos a Caim: Um homem que falava com Deus.
MARANATA!
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