terça-feira, setembro 24, 2013

CAIM: UM HOMEM QUE FALAVA COM DEUS


 

 

“.. ELE RESPONDEU: NÃO SEI; ACASO SOU EU O TUTOR DO MEU IRMÃO?” (Gênesis 4.9).

Na galeria de homens que falaram com Deus não é muito comum as pessoas se lembrarem de Caim e a ele se referirem como alguém com quem Deus se comunicava e vice-versa. Não sei porque, talvez o querido leitor saiba. Perdoe, portanto, a minha ignorância.

Bem, como todos os leitores do livro sagrado conhecem muito bem, Caim foi o primeiro filho do casal Adão e Eva, depois que eles pecaram e foram expulsos do jardim. Saíram envergonhados creio eu, carregando em suas memórias as lembranças dos dias felizes que ali passaram enquanto desfrutavam de uma perfeita comunhão com o seu Criador. Tudo ficara para trás; que lástima!

Adeus belo jardim! Adeus vozes das aves que cantavam alegremente celebrando um ambiente celestial na terra! Adeus clima agradável! Adeus ambiente tão favorável para viver que sequer precisavam se preocupar com roupas para se vestirem! Adeus governo sobre tudo o que havia no mar(peixes), no céu(aves), sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra! (Gênesis 1.26, 28)! Adeus cardápio balanceado, farto, para que dele se alimentassem sem muito esforço! (Eles não se alimentavam da erva do campo – Gênesis 3.18).  Adeus a um solo sem maldição, sem cardos, sem espinhos! Adeus a uma vida sem dores, sem cansaço, sem limitações! Adeus a um relacionamento conjugal perfeito, onde não havia acusações, críticas, culpas! E de agora para frente não teriam eles a oportunidade de serem visitados por Deus na viração do dia! Que miséria! Que tristeza! Que horror!

Maldita serpente que se deixou usar pelo diabo e seduziu a primeira mulher! Aquela mulher que fora cuidadosamente planejada para completar a obra prima da criação – o homem! Aquela mulher que fora esmeradamente formada pelas mãos do Arquiteto do Universo; cada detalhe nela foi cuidadosamente estudado a fim de que o homem se completasse, visto que Deus observara que “... PARA O HOMEM NÃO SE ACHAVA ADJUTORA QUE ESTIVESSE COMO DIANTE DELE.” (Gênesis 2.20). (quem sabe Adão observava os animais machos que se relacionavam em acasalamento com suas fêmeas diante deles? apenas conjectura amados!).

Ah, serpente! Tu que eras “... MAIS ASTUTAS QUE TODAS AS ALIMÁRIAS DO CAMPO QUE O SENHOR DEUS TINHA FEITO.” (Gênesis 3.1). Por que não usaste a capacidade que tinhas para outro fim? Por que não escolhestes te afastar daquele que tinha sido lançado do céu por causa do seu orgulho?  Na ordem das maldições proferidas por Aquele que te criou e te deu uma capacidade maior que teus semelhantes, fostes a primeira a sofrer e pena, e que pena: rastejar sobre o ventre sempre e sempre e sempre e ainda a comer pó!

Deus não poupou aquele ser que criara (a serpente), apesar de não ter ele o mesmo conhecimento que Ele dera ao homem. Abriu a Sua boca de Deus Criador e disse:

“... PORQUANTO FIZESTE ISSO, MALDITA SERÁS MAIS QUE TODA BESTA E MAIS QUE TODOS OS ANIMAIS DO CAMPO; SOBRE O TEU VENTRE ANDARÁS E PÓ COMERÁS TODOS OS DIAS DA TUA VIDA.” (Gênesis 3.14).

Imaginemos, por um pouco, aquela situação. O jardim era, agora, um tribunal de julgamento, o primeiro tribunal na terra. Deus, o Justo Juiz estava ali para julgar sumariamente as Suas criaturas! Não havia retorno para aqueles que estavam sendo julgados. A lei tinha sido quebrada e a pena tinha que ser aplicada:  CONDENAÇÃO. MORTE EM DOIS SENTIDOS (separação de Deus – morte eterna e limitação da vida plena e eterna que lhes havia sido dada. Chegaria o dia em que o homem se tornaria em pó como do pó fora formado; a mulher que não fora formada do pó e sim do osso, pagou a fatura junto, misericórdia de nós Senhor!).

Não quero aqui me estender com detalhes, mas alertar as minhas colegas mulheres que como Jesus disse “A QUEM MAIS É DADO, MAIS É REQUERIDO...” (Lucas 12.48), a mulher foi penalizada sete vezes (confira no texto). Que Deus nos alcance cada dia com a Sua misericórdia colegas!

Encerrado o julgamento, sem que houvesse ali nenhum advogado de defesa; sentenças proferida; penas executadas; ponto final.

Contudo, um raio de esperança tinha sido lançado na vida dos dois – homem e mulher. Nem tudo estava definitivamente perdido. O Justo Juiz é bom e não pode negar-se a si mesmo.

Havia um projeto; havia um plano que fora elaborado bem antes de tudo aquilo acontecer. Uma eleição já tinha ocorrido antes mesmo do mundo ser fundado (Efésios 1.4). Aleluia!

Naquele casal que desobedeceu ao Seu Criador já estávamos eu e você querido leitor; nós já tínhamos sido eleitos, escolhidos em Cristo, glória a Deus! Glória a Deus! Glória a Deus! O que seria de nós se a história tivesse terminado no tribunal do Éden? É bom nem pensar. O melhor mesmo é recordar a promessa feita no julgamento: “... ESTA TE FERIRÁ A CABEÇA, E TU LHE FERIRÁS O CALCANHAR.” (Gênesis 3.15). ALELUIA!

A vitória da cruz estava decretada. No julgamento do casal uma promessa foi feita, uma chance estava sendo prometida e nela estávamos nós eleitos sob a presciência de Deus para que hoje, nascidos de novo, cidadãos do Reino da luz, membros do Corpo de Cristo, pudéssemos vencer o diabo, como está escrito: “E ELES O VENCERAM...” (Apocalipse 12.11).

Bem amados, na verdade, minha intenção era escrever sobre Caim, mas o Amigo me levou para este lado da história, Ele sabe o que faz; Ele manda e eu obedeço (muitas vezes desobedeço e tenho mesmo que ser castigada e até ir para o tronco, sério, e sou feliz por isso, porque isso me diz duas coisas superimportantes: sou filha e sou amada!).

Querendo o Senhor na próxima retornaremos a Caim: Um homem que falava com Deus.

MARANATA!

 

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