“ ... ELE RESPONDEU: NÃO
SEI; ACASO SOU EU TUTOR DE MEU IRMÃO?” (Gênesis 4.9).
Uma vez fora do jardim, a
mãe de todos os viventes - Eva concebeu e deu à luz um filho a quem deu o nome
Caim que significa adquiri do Senhor um homem, um varão.
Como deve ter sido grande a
alegria da Eva ao nascer o seu filho! Com certeza ela lembrava da promessa que Deus
fizera acerca da sua semente e da forma como Deus falara o tal descendente que
iria ferir a cabeça da serpente era homem (Deus falou este).
Quem sabe não seria aquele
seu filho o restaurador de tudo o que havia sido perdido? Quanta esperança deve
ter enchido o coração daquela mulher. O Senhor lhe concedera um filho e um
filho homem – Caim!
Todas as expectativas estavam
voltadas para aquele menino de maneira tal que ao nascer o outro filho foi lhe
dado o nome Abel, que tem como significado transitório, vazio, nada... Coitado
do Abel, o segundo... Já começara ali a síndrome do segundo filho. Não havia
muito o que esperar de Abel, pelo menos quando o seu nome era pronunciado
marcava a vida dele como quem não tem perspectiva; nada que se esperar .
Crescem os meninos para
alegria dos pais; cada um escolhe a profissão a seguir. Caim escolhe trabalhar
a terra a profissão dada por Deus para o pai (Gênesis 2.15); Abel, no entanto,
escolheu ser pastor de ovelhas.
É bem possível que os filhos
escutaram muitas vezes a história do jardim e do que por lá acontecia; das
maravilhas desfrutadas ali e da desgraça causada pela desobediência dos seus
pais. Mas, havia uma esperança; Deus fizera uma promessa; uma promessa de
restauração e por isso seria muito bom procurar agrada-lO com alguma coisa;
algo que lhe desse alegria; um presente.
Caim decidiu que do fruto da
terra, do seu trabalho ofereceria uma oferta ao Senhor e assim o fez. Somente
Aquele que sonda os corações sabe qual a motivação e a intenção de Caim ao fazê-lo.
Abel, por sua vez também traz a sua oferta ao Senhor: das primícias do seu
rebanho e da gordura deste. (Gênesis 4.3.4).
Duas ofertas. Dois
ofertantes. Ao receber as ofertas Deus avalia cada uma delas e olha que Ele
analisa tudo, mas tudo mesmo (como estamos oferecendo nossa oferta a Deus? É
bom pensar nisso), e atentou para a oferta de Abel! A oferta de Caim foi
desagradável diante de Deus!
A atitude de Caim foi
expressa através da emoção: ele se irou-se fortemente a ponto de mudar-se lhe o
semblante. Preste atenção: a raiva não fica escondida; o rosto reflete uma alma
dominada pela ira! Caim se irou; Caim pecou!
A ira de Caim contra o seu
irmão Abel foi uma emoção sem motivo, pois afinal, seu irmão não interferiu na
decisão de Deus em agradar-se ou não da sua oferta.
Meus amados tomemos cuidado
ao nos irarmos contra alguém sem motivo; o Senhor Jesus nos adverte sobre essa
questão: “TODO AQUELE QUE SEM MOTIVO SE IRAR CONTRA SEU IRMÃO ESTARÁ SUJEITO A
JULGAMENTO.” (Mateus 5.22).
Se prestarmos atenção no versículo
anterior quando Jesus se refere ao mandamento “não matarás”, a pena para este é
a mesma para aquele que sem motivo se irar contra seu irmão: condenação!
Acho bom tomarmos cuidado
com esse tipo de emoção; é perigosa e no caso de Caim foi a porta para que o
desejo pecaminoso, a concupiscência o dominasse.
Você sabia que Deus observa
o nosso semblante? A propósito: como está o seu semblante neste dia? Carregado?
Sisudo? Alegre? Bonachão?
Segundo a Bíblia conforme está
o nosso coração o nosso semblante refletirá (uma olhadinha no espelho já mostra
– Provérbios 15.13).
Deus fala com Caim; como
Deus é bom! Como Ele procura sempre dá uma oportunidade de arrependimento ao
homem. Quanta misericórdia! Quanto amor! Quanta benignidade! Deus confronta
Caim com a verdade, questionando-o; a seguir oferece um conselho que se fosse
levado a sério teria evitado a primeira tragédia familiar (Gênesis 4.6.7 –
leia).
Todavia, o coração de Caim
estava cerrado para a voz de Deus! Aquele coração, aquela alma estava dominada
pela ira e a ira traz consigo o desejo de vingança, a saga assassina! Nem mesmo
Deus falando com Caim foi capaz de dissuadi-lo do desejo maligno que estava
dominando o seu coração. E ele seguiu a sua própria concupiscência. E como está
escrito: “... A CONCUPISCÊNCIA, HAVENDO CONCEBIDO DÁ Á LUZ O PECADO; E O
PECADO, UMA VEZ CONSUMADO, GERA A MORTE.” (Tiago 1.15).
Muitas vezes paramos para
pensar acerca de alguém que tendo ouvido muitos conselhos sábios, profecias da
parte de Deus, revelações, avisos, e mesmo assim segue o desejo pecaminoso do
seu coração; isso foi mesmo o que aconteceu com Caim!
A Bíblia diz que somos
tentados por nossa própria concupiscência; não temos o direito de transferir a
culpa para outrem, quando as consequências dos nossos atos são desagradáveis. Tudo
depende da nossa escolha.
Caim poderia ter escolhido
ouvir a Deus; poderia ter pensado como Deus o amava e se importava com ele;
como Deus estava lhe dando uma oportunidade... Ele podia escolher oferecer a
sua oferta das primícias como o fizera o seu irmão e não oferecer simplesmente
por oferecer. Deus está mais interessado no coração do ofertante do que
propriamente na oferta; lembra da história da viúva que Jesus contou?
Em nossos dias muitas
pessoas, infelizmente, estão se desviando do Caminho, levadas pelas
concupiscências da carne, pela concupiscência dos olhos e pela soberba da vida.
Esses sentimentos são extremamente perigosos meus amados; portanto muito
cuidado com eles e não permitamos que se alojem em nossas mentes, pois são
dominadores por excelência.
Caim premeditou matar o seu
irmão; intenção concebida pecado consumado. Agora teria ele de conviver com a
culpa do sangue do seu irmão derramado; agora ele se via homicida e da mesma
maneira como nos vemos achamos que os outros nos veem (lembrem do que os espias
falaram – Números 13.33).
Para Caim, toda pessoa que
olhasse para ele veria sangue em suas mãos e por isso o mataria. Mas Deus em
sua grande misericórdia ainda se apiedou de Caim, glória a Deus! Deus
conservou-lhe a vida e deu a ele a oportunidade de constituir família também de
fundar a primeira cidade na terra, a qual deu o nome do seu filho – Enoque (Gênesis
4.17).
Creio ser por este motivo
que as cidades são tão violentas; tão cheias de homicídios; tanto sangue
derramado; pudera foi um homicida quem criou essa história de cidade e não
Deus. Deus fundou uma cidade lá em cima e não na terra; na terra Ele plantou um
jardim e isso faz toda a diferença!
Caim falava com Deus e Deus
falava com ele, porém isso não foi suficiente para dominar a concupiscência que
estava em seu coração. Amados, isso é muito sério!
Há muitos que se chamam pelo
Nome do Senhor e estão sendo dominados pelo desejo de poder, de fama, de status
cristão, de auto titulação, de competitividade, enfim, e nesse caminho se
tornam incapazes de atender o conselho de Deus, para sua própria ruína.
Guarde-nos o Senhor de
prosseguir no caminho de Caim como aqueles líderes citados em Judas 11.12.
Busquemos cada dia ouvir o
que Deus nosso Senhor nos falar e ponhamos em prática as suas palavras não
endurecendo o nosso coração e acima de tudo muito cuidado com os desejos; não
os subestimemos porque eles fazem parte da nossa natureza carnal, mas se nos
enchermos do Espírito e andarmos em Espírito jamais satisfaremos os desejos da
carne (Gálatas 5.16) e ainda podemos também nos revestir do Senhor Jesus
(Romanos 13.14).
MARANATA!
Nenhum comentário:
Postar um comentário