sexta-feira, setembro 27, 2013

PARTE DOIS - CAIM: UM HOMEM QUE FALAVA COM DEUS





“ ... ELE RESPONDEU: NÃO SEI; ACASO SOU EU TUTOR DE MEU IRMÃO?” (Gênesis 4.9).
 

Uma vez fora do jardim, a mãe de todos os viventes - Eva concebeu e deu à luz um filho a quem deu o nome Caim que significa adquiri do Senhor um homem, um varão.

Como deve ter sido grande a alegria da Eva ao nascer o seu filho! Com certeza ela lembrava da promessa que Deus fizera acerca da sua semente e da forma como Deus falara o tal descendente que iria ferir a cabeça da serpente era homem (Deus falou este).

Quem sabe não seria aquele seu filho o restaurador de tudo o que havia sido perdido? Quanta esperança deve ter enchido o coração daquela mulher. O Senhor lhe concedera um filho e um filho homem – Caim!

Todas as expectativas estavam voltadas para aquele menino de maneira tal que ao nascer o outro filho foi lhe dado o nome Abel, que tem como significado transitório, vazio, nada... Coitado do Abel, o segundo... Já começara ali a síndrome do segundo filho. Não havia muito o que esperar de Abel, pelo menos quando o seu nome era pronunciado marcava a vida dele como quem não tem perspectiva; nada que se esperar .

Crescem os meninos para alegria dos pais; cada um escolhe a profissão a seguir. Caim escolhe trabalhar a terra a profissão dada por Deus para o pai (Gênesis 2.15); Abel, no entanto, escolheu ser pastor de ovelhas.

É bem possível que os filhos escutaram muitas vezes a história do jardim e do que por lá acontecia; das maravilhas desfrutadas ali e da desgraça causada pela desobediência dos seus pais. Mas, havia uma esperança; Deus fizera uma promessa; uma promessa de restauração e por isso seria muito bom procurar agrada-lO com alguma coisa; algo que lhe desse alegria; um presente.

Caim decidiu que do fruto da terra, do seu trabalho ofereceria uma oferta ao Senhor e assim o fez. Somente Aquele que sonda os corações sabe qual a motivação e a intenção de Caim ao fazê-lo. Abel, por sua vez também traz a sua oferta ao Senhor: das primícias do seu rebanho e da gordura deste. (Gênesis 4.3.4).

Duas ofertas. Dois ofertantes. Ao receber as ofertas Deus avalia cada uma delas e olha que Ele analisa tudo, mas tudo mesmo (como estamos oferecendo nossa oferta a Deus? É bom pensar nisso), e atentou para a oferta de Abel! A oferta de Caim foi desagradável diante de Deus!

A atitude de Caim foi expressa através da emoção: ele se irou-se fortemente a ponto de mudar-se lhe o semblante. Preste atenção: a raiva não fica escondida; o rosto reflete uma alma dominada pela ira! Caim se irou; Caim pecou!

A ira de Caim contra o seu irmão Abel foi uma emoção sem motivo, pois afinal, seu irmão não interferiu na decisão de Deus em agradar-se ou não da sua oferta.

Meus amados tomemos cuidado ao nos irarmos contra alguém sem motivo; o Senhor Jesus nos adverte sobre essa questão: “TODO AQUELE QUE SEM MOTIVO SE IRAR CONTRA SEU IRMÃO ESTARÁ SUJEITO A JULGAMENTO.” (Mateus 5.22).

Se prestarmos atenção no versículo anterior quando Jesus se refere ao mandamento “não matarás”, a pena para este é a mesma para aquele que sem motivo se irar contra seu irmão: condenação!

Acho bom tomarmos cuidado com esse tipo de emoção; é perigosa e no caso de Caim foi a porta para que o desejo pecaminoso, a concupiscência o dominasse.

Você sabia que Deus observa o nosso semblante? A propósito: como está o seu semblante neste dia? Carregado? Sisudo? Alegre? Bonachão?

Segundo a Bíblia conforme está o nosso coração o nosso semblante refletirá (uma olhadinha no espelho já mostra – Provérbios 15.13).

Deus fala com Caim; como Deus é bom! Como Ele procura sempre dá uma oportunidade de arrependimento ao homem. Quanta misericórdia! Quanto amor! Quanta benignidade! Deus confronta Caim com a verdade, questionando-o; a seguir oferece um conselho que se fosse levado a sério teria evitado a primeira tragédia familiar (Gênesis 4.6.7 – leia).

Todavia, o coração de Caim estava cerrado para a voz de Deus! Aquele coração, aquela alma estava dominada pela ira e a ira traz consigo o desejo de vingança, a saga assassina! Nem mesmo Deus falando com Caim foi capaz de dissuadi-lo do desejo maligno que estava dominando o seu coração. E ele seguiu a sua própria concupiscência. E como está escrito: “... A CONCUPISCÊNCIA, HAVENDO CONCEBIDO DÁ Á LUZ O PECADO; E O PECADO, UMA VEZ CONSUMADO, GERA A MORTE.” (Tiago 1.15).

Muitas vezes paramos para pensar acerca de alguém que tendo ouvido muitos conselhos sábios, profecias da parte de Deus, revelações, avisos, e mesmo assim segue o desejo pecaminoso do seu coração; isso foi mesmo o que aconteceu com Caim!

A Bíblia diz que somos tentados por nossa própria concupiscência; não temos o direito de transferir a culpa para outrem, quando as consequências dos nossos atos são desagradáveis. Tudo depende da nossa escolha.

Caim poderia ter escolhido ouvir a Deus; poderia ter pensado como Deus o amava e se importava com ele; como Deus estava lhe dando uma oportunidade... Ele podia escolher oferecer a sua oferta das primícias como o fizera o seu irmão e não oferecer simplesmente por oferecer. Deus está mais interessado no coração do ofertante do que propriamente na oferta; lembra da história da viúva que Jesus contou?

Em nossos dias muitas pessoas, infelizmente, estão se desviando do Caminho, levadas pelas concupiscências da carne, pela concupiscência dos olhos e pela soberba da vida. Esses sentimentos são extremamente perigosos meus amados; portanto muito cuidado com eles e não permitamos que se alojem em nossas mentes, pois são dominadores por excelência.

Caim premeditou matar o seu irmão; intenção concebida pecado consumado. Agora teria ele de conviver com a culpa do sangue do seu irmão derramado; agora ele se via homicida e da mesma maneira como nos vemos achamos que os outros nos veem (lembrem do que os espias falaram – Números 13.33).

Para Caim, toda pessoa que olhasse para ele veria sangue em suas mãos e por isso o mataria. Mas Deus em sua grande misericórdia ainda se apiedou de Caim, glória a Deus! Deus conservou-lhe a vida e deu a ele a oportunidade de constituir família também de fundar a primeira cidade na terra, a qual deu o nome do seu filho – Enoque (Gênesis 4.17).

Creio ser por este motivo que as cidades são tão violentas; tão cheias de homicídios; tanto sangue derramado; pudera foi um homicida quem criou essa história de cidade e não Deus. Deus fundou uma cidade lá em cima e não na terra; na terra Ele plantou um jardim e isso faz toda a diferença!

Caim falava com Deus e Deus falava com ele, porém isso não foi suficiente para dominar a concupiscência que estava em seu coração. Amados, isso é muito sério!

Há muitos que se chamam pelo Nome do Senhor e estão sendo dominados pelo desejo de poder, de fama, de status cristão, de auto titulação, de competitividade, enfim, e nesse caminho se tornam incapazes de atender o conselho de Deus, para sua própria ruína.

Guarde-nos o Senhor de prosseguir no caminho de Caim como aqueles líderes citados em Judas 11.12.

Busquemos cada dia ouvir o que Deus nosso Senhor nos falar e ponhamos em prática as suas palavras não endurecendo o nosso coração e acima de tudo muito cuidado com os desejos; não os subestimemos porque eles fazem parte da nossa natureza carnal, mas se nos enchermos do Espírito e andarmos em Espírito jamais satisfaremos os desejos da carne (Gálatas 5.16) e ainda podemos também nos revestir do Senhor Jesus (Romanos 13.14).

MARANATA!

 

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