“E ERAM POR ELE BATIZADOS NO RIO JORDÃO, CONFESSANDO OS SEUS PECADOS... POR AQUELE TEMPO, DIRIGIU-SE JESUS DA GALILEIA PARA O JORDÃO, AFIM DE QUE JOÃO O BATIZASSE.” ((Mateus 3.6,13).
Ouvi um pregador falando sobre o ministério de João, o Batista, e, chamou-me a atenção este detalhe sobre as pessoas virem até João, no rio Jordão, para serem por eles batizadas, “confessando os seus pecados.”
Somente movidos pelo próprio Deus aqueles homens e mulheres poderiam sair das suas casas, deixar os seus afazeres, seus trabalho, enfim, para irem ter com um homem exótico, que se vestia de peles de camelo e um cinto de couro, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestre, que tinha uma palavra que em nada massageava lhes o ego, muito pelo contrário. Ele, como o próprio Senhor Jesus referiu, não vivia em palácios, mas no deserto. Seu púlpito era a margem do rio Jordão; sua igreja era formada de pecadores que, sentindo necessidade de serem perdoados o procuravam para ouvi-lo e serem por ele batizados com o batismo do arrependimento.
Posso imaginar pessoas se postando umas após outras e descendo ao rio onde João estava. A Bíblia não diz que ele fazia apelo para que seus ouvintes descessem às águas, mas que sua mensagem era de confronto ao pecado. Mesmo assim as pessoas eram convencidas e decidiam batizar-se.
Pense um pouco na cena incomum: Vinha até João um certo cidadão daquelas redondezas e ao manifestar o seu desejo de ser batizado para arrependimento, abria a boca e publicamente confessava o seu pecado ou os seus pecados dizendo, por exemplo: Adultério. A seguir, vinha outra pessoas e dizia: Mentira. Outro chegava e falava: Roubo. Outro ainda dizia: Cobicei a mulher do meu próximo. E assim, um por um ia expondo as suas desobediências à Lei de Deus. Após confessarem eram por João batizados.
João tinha sido enviado por Deus para aquela missão: trazer os pecadores ao arrependimento, preparando assim o caminho para o Messias, o Filho de Deus.
João não era o Cristo como ele próprio falou; João era um homem comum, nascido em pecado, embora tendo nascido de pais piedosos e por milagre de Deus, não era isento de pecado. A natureza pecaminosa estava em seu homem interior. O Espírito do Senhor o tinha enchido no ventre da sua mãe, Isabel, mas era sujeito ao pecado.
De repente, João vê aproximar-se dele um homem. Ele olha atentamente e reconhece. É Jesus, o filho da prima de sua mãe, a Maria, casada com José. João sabia que ele nascera por obra e graça do Espírito Santo, que Ele não nascera em pecado e agora, ei-lo ali na sua frente, como que para ser batizado por ele.
João se dirige a Jesus dizendo:
--- “... EU É QUE PRECISO SER BATIZADO POR TI, E TU VENS A MIM?” (Mateus 3.14).
João reconhecia a divindade de Jesus. Era o próprio Deus parado ali na sua frente! Era o Filho de Deus, o Filho por Ele gerado. Era o homem perfeito; o homem sem pecado; aquele do qual João dissera aos seus ouvintes:
“EIS O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO.” (João 1.29).
Jesus simplesmente responde a João dizendo:
“DEIXA POR ENQUANTO, PORQUE, ASSIM, NOS CONVÉM CUMPRIR TODA A JUSTIÇA.” (Mateus 3.15).
Diante da palavra de autoridade de Jesus, João não tem alternativa senão batizar Aquele, o único entre todos quantos vinha m a ele que não tinha pecado algum para confessar. Ele era Santo, o Santo Filho de Deus!
Jesus nasceu em santidade, viveu em santidade, morreu como Santo, reconhecido como o Santo de Deus até pelos espíritos malignos. Com toda a santidade peculiar a um Deus se deixa batizar por um homem nascido em pecado, uma demonstração ímpar de humildade e obediência!
Quantas vezes somos atingidos pelo vírus luciferiano do orgulho e não queremos nos submeter a alguém que, mesmo sendo servo de Jesus, temos conhecimento que tem falhado em alguma coisa relacionada ao comportamento do discípulo de Jesus. Quem somos nós para atirar pedra em alguém por cometer alguma falha se todos temos falhas e pecamos de alguma maneira.
Às vezes uma pessoa mais idosa se recusa a submeter-se á liderança de uma pessoa mais jovem por ciúmes em não ter sido designada para aquele posição. Se aprendermos com Jesus não relutaremos em obedecer a Deus sujeitan-nos às autoridades por Ele constituídas , como diz a Sua Palavra.
Há casos de sermos tentados a não receber a Palavra de Deus transmitida por alguém que conhecemos coisas negativas a seu respeito, porém, não devemos esquecer que a Palavra é pura, não se contamina mesmo se o instrumento não estiver puro. Lembremo-nos de que o mesmo profeta velho que mentiu para o profeta de Betel fazendo-o desobedecer a Deus foi por Deus usado para repreendê-lo pela sua desobediência.
João, o maior de todos os nascidos de mulher, o único homem que teve o privilégio de ver e ouvir a manifestação da Trindade, após batizar a Jesus: O Filho saíra da água, o Pai falava do céu e o Espírito descia como Pomba sobre o Filho. Que glorioso momento na vida de um homem nascido de mulher! Que grandiosidade! Quanta majestade revelada naquele momento!
O Maior foi batizado pelo menor; o Santo pelo pecador; Deus batizado pelo homem. Fantástico!
Mesmo tendo vivido um momento ímpar como este João não se deixou levar pelo vírus luciferiano da vanglória, pelo contrário, com toda humildade pode se expressar:
“CONVEM QUE ELE CRESÇA E QUE EU DIMINUA.”
Ajude-nos o Senhor a praticarmos as grandes lições que a Palavra de Deus nos ensina cada dia.
Maranata!
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