sábado, agosto 22, 2020

A IGREJA, UM CORPO DE CRUCIFICADOS

 “...ESTOU CRUCIFICADO COM CRISTO.” (Gálatas 2.19).


O apóstolo Paulo era um homem como nós, sujeito às mesmas paixões e que, com todas as letras escreve aos Romanos que o pecado habita nele. Depois de ter feito todo o trabalho que lhe foi confiado como apóstolo dos gentios, quase no final da carreira ele se considera o pior dos pecadores. (Atos 14.15; Romanos 7.17,20; 1 Timóteo 1.15).

Entretanto, ele tinha a convicção plena do lugar onde ele vivia: crucificado com Cristo. Essa é a posição de todos quantos fazem parte do Corpo de Cristo.

Quem está crucificado encontra-se em um processo lento de morte. Por isso o apóstolo Paulo escreveu: “DIA APÓS DIA, MORRO!” (1 Coríntios 15.31). Tal pessoa depende totalmente de Cristo, já não faz o que quer, não tem vontade própria, vive em submissão plena a Jesus!

E a propósito, meu leitor tem experimentado um processo de morte desde que decidiu receber o Senhor Jesus?

O crucificado não reage às provocações que lhe fazem, sofrem injustiça contudo exercita perdão, como fez o Senhor Jesus. Vamos refrescar a nossa memória: “O QUAL NÃO COMETEU PECADO, NEM DOLO ALGUM SE ACHOU EM SUA BOCA; POIS ELE, QUANDO ULTRAJADO NAP REVIDAVA COM ULTRAJE; QUANDO MALTRATADO, NÃO FAZIA AMEAÇAS, MAS ENTREGAVA-SE ÀQUELE QUE JULGA RETAMENTE,” (1 Pedro 2.22,23).

Os que estão verdadeiramente crucificados já tomaram essa atitude voluntariamente, como está escrito: “E OS QUE SÃO DE CRISTO CRUCIFICARAM A CARNE, COM SUAS PAIXÕES E CONCUPISCÊNCIAS.” (Gálatas 5.24). Sendo assim esse pensamento de que ainda precisamos nos crucificar não tem sentido. Se não estamos crucificados não somos de Cristo, está escrito!

Se estamos crucificados não temos que usar de recursos humanos para mortificar os feitos do corpo (velha natureza), sabemos  que isso só poderá acontecer se for pelo Espírito (Romanos 8.13). Para tal precisamos viver em Espírito e andar em Espírito ( Gálatas 5.25; 16); fazer morrer a nossa natureza terrena (Colossenses 3.5); nos despojarmos das obras da carne (Colossenses 3.8); nos revestirmos do novo homem (Efésios 4.24); Revestidos de Jesus não temos necessidade de nos preocuparmos com a carne e suas paixões (Romanos 13.14).

Precisamos cada dia observarmos como estamos agindo e reagindo diante das situações adversas deste mundo, especialmente no meio que vivemos como igreja local. Não nos esqueçamos que já estamos crucificado e nunca devemos sequer pensar em sair deste lugar. 

Certa vez o Amigo  me deu uma bela lição, aliás Ele está sempre pronto a nos ensinar, porque essa é uma das funções dele (João 14.26). Quando alguém nos fere, nos ofende, nos maltrata, nos calunia, devemos agradecer e amar ao tal, porque está nos ajudando a permanecer na cruz. De repente, o prego estava afrouxando e precisava voltar para o lugar.

Jamais devemos atribuir ao inimigo de Deus o fato de alguém se levantar contra nós, tampouco dizer que aquela pessoa está sendo usada pelo inimigo. Isso é um perigo muito grande.

Ouvi um obreiro que estava enfermo há mais de dezesseis anos. Seu corpo agora está sofrendo osteomielite e seus ossos estavam se desfazendo em pus. Ele dizia que era prova, mas o Amigo me falou que ele tinha agravado a Deus, quando o seu líder o tirou de um trabalho que ele dirigia. Ele atribuiu ao inimigo a atitude do seu líder, e o Amigo me falou que ele havia sido reprovado no teste da humildade. Ainda havia ódio, falta de perdoar. Ele disse que tinha pedido perdão, mas o Amigo me disse: ele não,perdoou! Agora ele estava sentenciado e por causa do amor e da misericórdia do Pai, não sofreria a morte eterna. Deus é muito bom!

Há muitos que dizem “eu sou crente mas não sou besta”; outros ainda se manifestam em situações que ferem o nosso orgulho dizendo: “eu não tenho sangue de barata.” Por favor não mais aja assim, mas lembre sempre que estamos crucificados e desse modo não nos comportamos como se não o fosse.

Quando o Noivo vier para levar a Noiva, só subirão com Ele os que estiverem crucificados com Ele. Verifiquemos, meus amados, em que lugar estamos. Há uma música que diz: quero estar ao pé da Cruz, mas o lugar da Igreja não é no pé da Cruz mas na Cruz.

MARANATA!


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