segunda-feira, janeiro 28, 2013

O DISCÍPULO PRIVILEGIADO


“... AS NOSSAS MÃOS APALPARAM, COM RESPEITO  AO VERBO DA VIDA.”  ( 1 João 1.1)

Estive a meditar sobre o grande privilégio que teve João, o apóstolo, entre todos os outros discípulos.
Em um dia que parecia normal como os outros na vida de pescadores, seu pai  Zebedeu o chama junto com seu irmão Tiago para irem pescar. Tudo bem. Lá vão os três para a praia do mar da Galiléia a fim de exercerem sua profissão.

Segundo as escrituras, estavam eles consertando as suas redes para entrarem no mar, quando passa por ali um homem. Um homem que não era conhecido por ali; um homem que estava sendo seguido por dois pescadores, seus conhecidos: Pedro e André. Que será que estava acontecendo? Pedro e André já estavam trabalhando a lançar as suas redes ao mar e por que motivo eles as deixaram e seguiram aquele homem? De onde será que O conheciam?
O homem ao passar por eles faz-lhe um convite para que aqueles dois irmãos Tiago e João também O seguissem. Como assim? Estariam eles entendendo certo aquele convite? Quer dizer que teriam que deixar as redes com o seu pai Zebedeu e andar atrás daquele homem que não sabia quem era? Afinal, o que está acontecendo por ali meu Deus?

Entretanto, o convite do homem era irresistível; tinham que sair imediatamente após Ele, não dava para explicar a seu pai o que estava acontecendo, não dava para pedir um tempo para ir até a casa despedir-se da mãe deles; a voz de autoridade soava aos seus ouvidos para deixar tudo e seguir.

E lá se vão eles. Não sabemos porque, porém a Bíblia diz que Jesus lhes deu o nome de Boanerges, que quer dizder> filhos do trovão. ( Marcos 3.17).
Na verdade, eles deviam ser temperamentais e impetuosos, pois dá para perceber pela maneira como João reagiu quando encontrou um homem que expelia demônios em nome de Jesus e ele lho proibiu, atitude que foi desaprovada por Jesus. ( Lucas 9.49.50). em seguida, quando os samaritanos não quiseram receber Jesus, os Boanerges logo perguntaram a Jesus se Ele queria que eles fizessem descer fogo do céu para consumir os samaritanos, ao que Jesus lhes disse: “... VÓS NÃO SABEIS DE QUE ESPÍRITO SOIS.” (Lucas 9.54.55). Aqueles filhos de Zebedeu não eram nada mansos!
Na caminhada com Jesus eles aprenderam muitas lições, afinal estavam eles junto do Mestre dos mestres; vivendo com Aquele que é a Sabedoria de Deus!
João começa a mudar a sua atitude e passa a demonstrar um amor muito grande por Seu Mestre, tornando-se um dos seus amigos em particular, ao lado de Tiago e de Pedro. Em algumas ocasiões especiais, o Mestre os convoca para estar com Ele, enquanto os outros nove esperam à parte.

As escrituras afirmam que João reclinava a cabeça no seio de Jesus; Jesus era seu amigo íntimo; ele sentia um profundo carinho por seu Mestre e reconhecia que Ele era o Filho de Deus, o Verbo. João tocava o corpo humano de Jesus. Ele conhecia os olhos de Cristo, sua voz, sua maneira de andar, seus pés, seus cabelos, sua roupa, enfim, ele andou com Jesus por quase três anos seguidos.
João viveu experiências fantásticas como por exemplo, com seus amigos no monte da Transfiguração ao contemplar Jesus de modo extraordinário conversando com Moisés e Elias; foi ali que ele ouviu a voz do céu que dizia:
“... ESTE É O MEU FILHO, O ELEITO,  A ELE OUVI.” (Lucas 9.35).

João estava quando a filha de Jairo morreu e Jesus entrou naquele quarto onde a menina estava e devolveu-lhe a vida! João estava em Betânia quando Jesus chamou Lázaro do reino da morte para a vida! E não podemos esquecer que ele foi o único evangelista que escreveu sobre o primeiro milagre de Jesus em Caná da Galileia em uma festa de casamento ( João 2).
João amava a Jesus e era por Ele amado!

Esteve com o Mestre no jardim do Getsemani e participou dos últimos momento  do seu querido Mestre antes de começar a via crucis. João estava lá no pátio do Sumo Sacerdote e, ainda ajudou Pedro a entrar. Acompanhou tudo de perto; viu e com certeza sofreu muito ao ver todo sofrimento daquele a quem ele amava. Ao pé da cruz lá estava João, ao lado de Maria, a mãe de Jesus, sofrendo juntamente com ela. Seu amigo estava em agonia e mesmo assim olha para ele e entrega-lhe a responsabilidade de cuidar de sua mãe e como está escrito, desde aquela hora ele a recebeu em sua casa ( João 19.27).

João viu o corpo do seu Mestre ser massacrado, vituperado, humilhado, sangrando e dando o último suspiro quando entregou o espírito ao Pai!
João não fica em casa na madrugada da ressurreição quando sabe das mulheres que foram ao túmulo e o encontraram vazio. Ele juntamente com Pedro corre até lá e entra. Verdadeiramente lá não estava o corpo do seu amado Mestre, que, segundo palavras ditas às mulheres pelo anjo, havia ressuscitado!
Ao cair da tarde daquele domingo de vitória o Senhor Jesus aparece aos discípulos e João estava lá! Imagine a alegria do coração dele ao ver novamente o seu Mestre! Mas agora, o corpo que João contempla já não é mais limitado; é um corpo que entra no ambiente sem precisar de porta! Não é um espírito, mas um corpo de carne e osso! Um corpo que se alimenta de peixe e mel; um corpo que é tocado pelo incrédulo Tomé. Mãos que trazem as marcas dos cravos; pés que foram transpassados por cravos; lados que foi perfurado pela espada do soldado romano.
Jesus ressuscitara! Ele estava vivo! João era testemunha da ressurreição!
Após quarenta dias em que Jesus esteve com eles e lhes dá instruções, eis que, de repente Ele se despede dos amigo s e começa a subir, subir, subir  até que uma nuvem O oculta aos olhos deles. Ficou a saudade no coração de João, em particular.
Entretanto, o Mestre tinha feito uma colocação quando disse a Pedro:
“SE EU QUERO QUE ELE PERMANEÇA ATÉ QUE EU VENHA, QUE TE IMPORTA...” (João 21.22).
E João vai vivendo... vivendo... vivendo... Seus amigos vão morrendo e ele continua vivendo. Já está com a idade avançada mas a vida lhe está sendo preservada, até que o colocam na Ilha de Patmos para que ele morra no meio das feras que lá estão. Mas ele continua vivo até o momento em que o Seu querido Mestre se apresenta a ele em glória! João não contempla aquele corpo humano que com ele andou na Palestina,; não contempla também o corpo ressurreto, só que até certo ponto semelhante ao humano; agora ei-lo em um aspecto completamente glorioso! Vestes talares; cinto de ouro; cabelos brancos olhos como chama de fogo; pés semelhante ao bronze polido e a sua voz como a voz  de muitas águas! Que espetáculo majestoso aos olhos do velho João! Quem diria que o filho de Zebedeu viveria para ver o seu Mestre quando voltasse para ele em glória!
E  nesse contexto aquele discípulo que amava o seu Mestre recebe a mais extraordinária revelação das coisas que estão para acontecer!
João, o discípulo privilegiado entre os demais, escreve as palavras que ouviu da boca do Senhor Jesus:”CERTAMENTE VENHO SEM DEMORA.”
Vale a pena amar a Jesus!

MARANATA!

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