A GRAÇA
(Transcrito do livro maravilhosa
graça – YANCEY, Philip – Vida)
Cresci com a imagem de um Deus
matemático que pesava os meus atos bons e maus em um conjunto de balanças e
sempre me considerava em falta. Não sei como me esqueci do Deus dos evangelhos,
um Deus de misericórdia e generosidade que continua encontrando maneiras de
despedaçar as leis implacáveis da não-graça. Deus rasga as tabuadas e apresenta
a nova matemática da graça, a palavra mais surpreendente, mais assustadora,
mais inesperada da nossa língua.
A graça surge de tantas formas
diferentes que tenho dificuldade em defini-la. Estou pronto, contudo, a tentar
alma coisa como uma definição da graça divina. Graça significa que não há nada
que possamos fazer para Deus nos amar mais – nenhuma quantidade de renúncia,
nenhuma quantidade de conhecimento recebido em seminários e faculdades de
teologia, nenhuma quantidade de cruzadas em benefício de causas justas. E a
graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos –
nenhuma quantidade de racismo ou orgulho, pornografia ou adultério, ou até
mesmo homicídio. A graça significa que Deus já nos ama tanto quanto é possível
um Deus infinito nos amar.
Há uma cura simples para pessoas
que dividam do amor de Deus e questionam a graça divina: voltar para a Bíblia e
examinar o tipo de pessoas que Deus ama. Jacó, que se atreveu a se envolver em
uma luta física com Deus e mesmo depois que fora ferido nessa luta tornou-se o
epónimo do povo de Deis, os filhos de Israel. A Bíblia fala de um homicida e um
adúltero que ganhou reputação como o maior rei do Antigo Testamento, um “homem
segundo o coração de Deus”. E de uma igreja dirigida por um discípulo que praguejou
e jurou que não conhecia Jesus. E de um missionário sendo recrutado das
fileiras dos torturadores de cristãos. Eu recebo correspondência da Amnistia
Internacional e, quando examino as fotos de homens e mulheres que foram
espancados, pisoteados, espetados, cuspidos e eletrocutados, pergunto a mim
mesmo: “Que espécie de ser humano poderia fazer isso a outro ser humano?” Então,
leio o livro de Atos e encontro o tipo de pessoa que poderia fazer uma coisa
dessas – agora um apóstolo da graça, um servo de Jesus Cristo, o maior
missionário da história. Se Deus pode amar esse tipo de pessoa, talvez, apenas
talvez, Ele também possa amar pessoas como eu.
Não posso moderar minha definição
de graça porque a Bíblia me força a torna-la o mais abrangente possível. Deus é
“o Deus de toda a graça”, nas palavras do apóstolo Pedro. E graça significa que
não há nada que eu possa fazer para Deus me amar mais, e nada que eu possa
fazer para Deus me amar menos, Significa que eu, até mesmo eu que mereço o
contrário, sou convidado a tomar o meu lugar à mesa da família de Deus.
P.S. Amemos, pois, esse maravilhoso
Deus de graça e de misericórdia!
MARANATA!
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