terça-feira, janeiro 13, 2009

QUEM SOMOS NÓS?

“MAS, PELA GRAÇA DE DEUS, SOU O QUE SOU...” ( 1 Coríntios 15.10)
Não são somente as crianças que vivem no reino do faz-de-conta, como nas histórias, muitos adultos também vive uma fantasia.
Tal coisa não era para acontecer no meio dos que se chamam pelo Nome do Senhor, mas acontece, e como acontece...
Nem todos nós podemos dizer como Paulo disse:
“...PELA GRAÇA DE DEUS, SOU O QUE SOU.”
Quantos de nós queremos ser o que não somos; quantos querem mostrar para os outros alguma coisa que não é verdadeira no seu modo de ser; quantos fazem um esforço tremendo para se apresentarem de maneira a agradar a alguns, mesmo sendo arrebentando interiormente.
Como é humano tentar disfarçar falhas e defeitos! Como se tenta demonstrar atitudes coerentes e agradáveis para conseguir amizades, por conveniência, ou mesmo por interesse!
Todas estas coisas fazem parte da nossa natureza carnal e o nosso adversário que não perde oportunidade faz de tudo para levar-nos a comportamento de dissimulação. Foi assim com Pedro, o apóstolo.
Na região da Galácia, Paulo estava implantando igrejas no meio dos gentios, quando Pedro chega para ver de perto como ia o trabalho. Longe dos judaizantes, o apóstolo assume uma postura de quem não é judeu, envolvendo-se com a maneira de ser dos gentios já alcançados pela graça do Senhor.
Com a chegada dos judeus, Pedro muda de atitude, muda de comportamento e afasta-se dos irmãos “temendo os da circuncisão”, como está escrito. A influência do apóstolo Pedro é tão grande que leva consigo os outros irmãos judeus e até o próprio Barnabé.
Paulo, o apóstolo dos gentios, observando a postura dele não se faz de rogado, mas repreende-o severamente, mostrando-lhe que “não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho”. E tal repreensão foi feita a Pedro na presença de todos, imagine!
Pedro, uma das colunas da Igreja de Cristo na terra, aquele que caminhou lado a lado com Jesus, que experimentou coisas maravilhosas enquanto no discipulado com o Mestre, agora sendo chamado á atenção pelo apóstolo Paulo, alguém que antes fora um perseguidor do evangelho.
Mas Paulo queria tratar a questão da hipocrisia, aliás, um defeito do temperamento de Pedro (sanguíneo), é a volubilidade, a inconstância nas atitudes. E mesmo quando está maduro, vivendo uma vida no Espírito, ainda assim está sujeito a cair no engano da natureza carnal.
Todos nós somos falíveis, graças a Deus por isso. O bom nesse caso é que mesmo com nossas fraquezas e falhas (quantas!), o Pai nos ama como somos, aleluia!
Entretanto, devemos buscar a ajuda do Amigo para sermos autênticos e agradecermos a Deus pelo que somos. A graça de Deus nos ajuda a assumirmos a nossa verdadeira identidade, sem necessidade de aparentar aquilo que não somos.
Lamentavelmente os sistemas humanos pressionam as pessoas a viverem de maneira hipócrita, aparentando aquilo que não são nunca foram e só o serão se o Espírito de Deus promover a transformação em suas vidas.
Quando o anjo do Senhor encontrou Jacó no vau de Jaboque, perguntou-lhe o nome, ao que ele respondeu: Jacó! Naquela hora ele assumia a sua verdadeira identidade de enganador, suplantador. Naquele momento em que Jacó se desnudou diante de Deus sua vida foi mudada, aleluia!
Enquanto tentarmos disfarçar o que somos agindo em falsidade, não poderemos desfrutar da plenitude daquilo que Deus preparou para nós.
Ajude-nos o Senhor a termos a humildade de nos assumirmos em atitude sincera diante de Deus e dos homens, para que possamos ser aprovados no dia da colação de grau.
Que possamos dizer como Paulo:
“MAS, COM A GRAÇA DE DEUS, SOU O QUE SOU.”
E que o digamos com a mais sincera expressão da verdade, em nome de Jesus!

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