segunda-feira, junho 15, 2009

A BÊNÇÃO DE INTERCEDER


“... DESTRUIRÁS O JUSTO COM O ÍMPIO?” ( Gênesis 18.23).
Abraão e Ló. Tio e sobrinho. Companheiro de jornada desde Ur dos Caldeus.
Por causa dos bens que possuíam chegou o momento de não poderem mais andar juntos. Tiveram que separar-se para evitar maiores transtornos entre os pastores deles e como disse o próprio Abraão:
“... NÃO HAJA CONTENDA ENTRE MIM E TI...PORQUE SOMOS PARENTES CHEGADOS. ( Gênesis 13.8).
Em nossos tempos não é diferente. Quantas famílias estão se desintegrando por causa dos bens que possuem. Quanta contenda entre parentes chegados! Nem todos têm a coragem de Abraão de abrir mão de si a fim de preservar a unidade da família.
O triste é saber que há famílias vivendo em contendas por causa do poder no reino, isto é, por causa de posição na igreja local. Parentes a perseguir parentes em nome da obra de Deus, movidos por inveja espiritual. Misericórdia Senhor!
Abraão e Ló tomam caminhos opostos, à escolha de Ló, que, por sua vez, parece escolher a melhor parte, de acordo com o que escolheu os seus olhos. Mas como está escrito:
“HÁ CAMINHO QUE AO HOMEM PARECE DIREITO, MAS AO CABO DÁ EM CAMINHO DE MORTE.” (Provérbios 14.12).
Ló estava muito bem obrigado em Sodoma. Posição de destaque. Homem rico sentava-se á entrada da cidade com os grandes que decidiam as coisas referentes à cidade. Segundo as escrituras, Ló era afligido pelo procedimento libertino daquele povo insubordinado:
“PORQUE ESTE JUSTO, PELO QUE VIA E OUVIA QUANDO HABITAVA ENTRE ELES, ATORMENTAVA A SUA ALMA JUSTA, CADA DIA, POR CAUSA DAS OBRAS INÍQUAS DAQUELES.” ( 2 Pedro 2.8).
Contudo, Ló não era homem de altar. Não há sequer um registro sobre ele edificando um altar em Sodoma e invocando o Senhor como o fazia o seu tio Abraão. Deus considerou o seu coração que como está escrito, era justo.
Agora, Deus decide destruir aquelas cidades cujo procedimento ímpio e o seu pecado tinha se agravado muito ( Gênesis 18.20).
Ao ser informado pelo Senhor do Seu propósito de destruir as cidades da campina, o coração do patriarca se enternece pelo sobrinho Ló e sua família. Então, inicia um diálogo intercessório com o Todo Poderoso, pleiteando livramento para seu parente.
Na sua intercessão evoca a justiça de Deus, reconhecendo que Ele é o Juiz de toda a terra! Deus o escuta pacientemente. E Abraão continua na sua oração intercedendo em favor de Ló, até que já chegou ao ponto de “E HOUVER ALI DEZ JUSTOS...”, ao que Deus lhe garante:
“... NÃO A DESTRUIREI POR AMOR DOS DEZ.” ( Gênesis 18.32).
Embora não salvando as cidades por não encontrar ali nem dez justos, Deus livrou a Ló e sua família por causa de oração de Abraão, da sua intercessão.
Vale a pena interceder meus amados. Colocar-se no lugar daquele por quem intercedemos diante de Deus, sem olhar se o tal merece ou não.
O exemplo maior e melhor de alguém que intercede em favor de outro sem que esse outro mereça é o do Senhor Jesus, o nosso Sumo Sacerdote por excelência! Ele, o meu Senhor, tem coragem de comparecer diante de Deus, agora, para interceder por mim que nada mereço, pois afinal sou tão falha, tenho tantas limitações e O desagrado quantas vezes! Mas Ele me ama!
Preciso também continuar a interceder, sim, e até por alguém que seja culpado, pois como está escrito:
“E LIVRARÁ ATÉ AO QUE NÃO É INOCENTE; SIM, SERÁ LIBERTADO, GRAÇAS À PUREZA DE TUAS MÃOS.” ( Jó 22.30).
Como Igreja de Cristo na terra nós temos o dever de interceder uns pelos outros; levar as cargas uns dos outros; chorar com os que choram...
Uns irmãos meus amigos tiveram um transporte da empresa avariado por causa de um acidente provocado por um senhor embriagado. O tal homem estava totalmente sem razão, e, por conseguinte, teria que arcar com todos os prejuízos do veículo da empresa.
Quando homem procurou a empresa para tratar do caso, alegou não ter condição de efetuar o pagamento a não serem cem reais por mês, quando o montante do prejuízo era de sete mil reais.
A pessoa que foi contatada marcou para que ele retornasse no dia seguinte, a fim de acertarem os detalhes do negócio. Só que naquela noite, enquanto a pessoa lia as escrituras, a passagem que tinha diante de si era a de Mateus 18. 23 a 35 – o credor incompassivo. Ao terminar a leitura do texto, o Amigo Espírito Santo falou ao seu coração que deveria perdoar ao devedor.
No dia seguinte, quando o homem chegou para conversar, aquela pessoa leu para ele a história contada pelo Senhor Jesus, e ao final disse-lhe:
“Deus me mandou perdoar-lhe a dívida.”
O homem começou a chorar e a dizer:
“Minha esposa é crente e desde que aconteceu o problema que ela pediu oração à Igreja, para que a dívida fosse perdoada, pelo fato de não termos condições de pagar. Deus atendeu as orações!”
Vale a pena interceder. Ele cumpre com a Sua Palavra! Ele é fiel!
Maranata!

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