sexta-feira, março 19, 2021

Ela muito amou...

 “POR ISSO TE DIGO: PERDOADOS LHE SÃO OS SEUS MUITOS PECADOS, PORQUE ELA MUITO AMOU; MAS AQUELE A QUEM POUCO SE PERDOA POUCO AMA.”

(Lucas 7.47)

Um jantar oferecido por um fariseu, Simão. Fariseus eram um grupo de religiosos que procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade. Enfim, legalistas, hipócritas, orgulhosos.
Jesus, todavia, não se fez de rogado; aceitou o convite e lá estava Ele no meio dos convidados. Naquele jantar na havia lugar para mulher.
Eis que mesmo sem receber convite adentra o recinto uma mulher; não dirige uma palavra, apenas aproximou-se do Mestre por detrás, e, começou a lavar os seus pés com as lágrimas que escorriam dos seus olhos, enquanto os enxugava com os cabelos, beijando-os e ao final os ungia com aquele unguento que trouxera em um vaso de alabastro.
Nada de palavras; somente ação. 
Para ela naquele momento não importava o juízo que pudessem fazer dela, como o dono da casa. Ele a julgou pecadora (como se ele também não o fosse!) e questionou o comportamento do Mestre. Quanta hipocrisia!
O Mestre, enquanto isso, examinava os corações e sabia a motivação que levara a mulher a agir assim - AMOR!
Se o fariseu pensou em agradar o Mestre com seu jantar, se enganou. A motivação que o levou a convidar Jesus não foi o amor. Quando se ama não se julga a pessoa amada. Ele julgou Jesus!
O Mestre aproveitou a ocasião para nos ensinar uma grande lição: quem se acha perdoado em pouco, pouco ama; que se sente perdoado em muito, muito ama, ou seja, quanto mais pecadores nos sentimos maior o efeito do perdão de Deus em nossas vidas, e por conseguinte nos leva a ser misericordiosos e perdoar àqueles que nos ofendem!
Sabe amados, tenho observado a partir da minha própria experiência de vida, que as pessoas que nascem no evangelho, ou seja, em famílias que servem a Deus, teem maior dificuldade em perdoar. É como se achassem que o perdão que receberam não é igual ao daqueles que viveram afundados no lamaçal do pecado.
Nós que vivemos sempre na igreja local, envolvidos em serviços, cargos, funções eclesiásticas, somos tendentes a apresentar o nosso curriculum religioso como algo que garante a nossa comunhão com Deus. Ledo engano!
O primeiro casal continuava no jardim após desobedecerem a Deus, a diferença é que perceberam que estavam nus, por isso se apressaram em fazer para si aventais que os cobrisse. Os aventais ou cintas eram de folhas de figueira, que embora os cobriam na nudez física a nudez espiritual continuava.
Na verdade, o casal era vestido enquanto em comunhão com Deus e vivendo em Sua presença.
Infelizmente há pessoas que vivem na igreja (jardim), contudo estão nuas espiritualmente, por não desfrutarem da comunhão que vem da presença dEle em nós! E para remediar a situação do ponto de vista exterior, vivem uma vida de ativismo religioso fazendo coisas que possam parecer estar em comunhão com Deus.
Somente Deus pode nos cobrir com a justiça de Cristo que nos foi imputada, se procurarmos lhe obedecer, isto é, se permanecermos em Cristo. Só nEle e somente nEle estamos cobertos, temos comunhão com Deus e com os irmãos.
Avaliemos, queridos o nível do nosso amor a Jesus, considerando que o perdão que recebemos é igual, pois todos somos pecadores, sem distinção de mais ou menos.
Quanto mais temos consciência do perdão recebido, mais amor por Aquele que nos perdoou. E tal perdão se estende a todos quantos necessitam ser perdoados por nós!
MARANATA!

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